Índice de Mudança Confiável

Sobre o Índice de Mudança Confiável

O Índice de Mudança Confiável (RCI), serve para determinar se as mudanças verificadas, ao se comparar dados de pré e de pós-intervenção podem ser atribuídas aos procedimentos utilizados ou se constituem meras oscilações, artefatos ou erros de medida. O RCI não fala sobre a significância clínica, mas é considerado um pré-requisito parar isso, assegurando que o grau da mudança é de magnitude suficiente para exceder a margem de erro de medição (Jacobson, Roberts, Berns & McGlinchey, 1999).

Em outras palavras, a partir do RCI pode-se afirmar que de fato ocorreu uma mudança em termos de melhora (ou piora) do cliente e que esta melhora foi devida à intervenção realizada. Enquanto que a significância clínica está relacionada à validade externa da intervenção (ou seja, seu impacto sobre a vida do cliente), o RCI relaciona-se à validade interna, ou seja, ao grau em que os resultados podem ser atribuídos aos procedimentos utilizados e não a erros de medida (Aguiar, Del Prette & Aguiar, 2008). Para o cálculo do RCI é utilizado o valor índice de confiabilidade do instrumento aplicado na avaliação pré e pós intervenção.
Para Jacobson e Truax (1992), a preocupação central era a de elaborar um procedimento de identificação de mudanças confiáveis e clinicamente significantes que fosse: (a) aplicável, pelo menos teoricamente, a qualquer desordem clínica; (b) consistente com as expectativas dos profissionais quanto aos resultados da psicoterapia; (c) útil na identificação dos clientes que se recuperaram, melhoraram e não melhoraram ou até pioraram após a intervenção. Os autores utilizam uma classificação, a partir da verificação da significância clínica e do RCI:
- Recuperado: atingiu ambos os critérios;
- Melhorado: passou pelo RCI mas não pela significância clínica;
- Inalterado: não atingiu nenhum dos critérios;
- Deteriorado: passou pelo RCI no sentido de piora.

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